sábado, 4 de xaneiro de 2014

UM APELIDO. UM NOME.


                                               Por UM-DO-CHAO.
OCAMPO/CAMPO/CAMPOS.

O apelido.
            Sendo Do Campo o apelido base, cos seus derivados Ocampo ou Campos (pluralizaçom comum a estes apelidos topográficos, v.g. Torre, Fonte), e os seus familiares Campa ou Campelo, é na forma Ocampo que nos imos deter hoje.
            Porque é um exemplo paradigmático dum grupo de apelativos afectados polo fenómeno aglutinaçom, isto é, aglutinados neles o nome e parte da contracçom singular precedente DO/DA (ou seja: DE O/DE A), seguindo o processo Do Campo-De o Campo-Ocampo, paralelo ao outro processo, o da simples fusom: Do Campo-Docampo, muito mais claro por direito, como nos casos: Dacal/Docal, Dafonte, Dapena, Dapereira, Dapía, Darregueira, Darriba (inda que tamém confluria a procedência D’Arriba), Dasilva, Datorre, Dobarro, Docasar, Docurro, Domato, Dopico, Doporto, Dorrío, Doval… (Olho, pois, a todo apelido que começa com D! Assi: Dans, Debén, Doldán, Dosil…).
            Casos clássicos de aglutinaçom som: Abal, por Aval (Da Val, isto é a forma arcaica feminina de Val/Vale), Aballe, por Avale (Da Vale)… como Oballe (Do Vale, mais leonês do que nosso, amém de, com esse duplo L arcaico, como passa com Villar, confundir-se co homógrafo castelhano), Acosta (Da Costa), Aponte (Da Ponte), Arriba (Da Riba: ver o dito em riba), Ávila (por Da Vila, caso este tam peculiar, como que nos fai cuidar, com esse cámbio de acento, referir-se ao topónimo castelhano)… ou Ocanto (Do Canto), Ogando (Do Gando), Opazo (Do Paço), Orrego (Do Rego)… e quem sabe quantos outros… Sem incluirmos aquí Acuña (procedente dum topónimo luso A Cunha).
Victoria Ocampo
            Todos estes apelidos cantam a primeira vista a sua origem galego-portuguesa, porque, de vermos Campo, poderia nom ser nosso; mas se vermos Ocampo é induvitavelmente nosso… por mais séculos que passassem… quase sempre fora das nossos lares.
            Para finalizarmos co apelido que nos convoca, digamos que a palavra é netamente latina e tem, daquela, equivalentes nas outras línguas románicas: Campo (espanhol e italiano),  Camps (catalám),  Duchamp (francês)…

As personagens.
Apenas três exemplos de três países.
1 Florián de OCAMPO (primeira metade do século XVI), çamorano, cronista de Carlos I, seique mentireiro como poucos.
2 Victoria OCAMPO (1890-1979), argentina, escritora e importante editora, fundando (1931) a emblemática revista literária Sur.
3 María Luisa OCAMPO (1899-1974), mexicana, dramaturga e romancista com decidida pegada nacionalista e feminista.


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